Páginas

Capítulo 2 - O Quarto dos Fundos

| sexta-feira, 17 de setembro de 2010 | |
Antes da família García se mudar em definitivo, Vicente checou cada canto da casa, cada cômodo, um a um, na intenção de não deixar passar nenhum problema que pudesse estragar aquela nova fase.
Começou lógico pela sala, um cômodo amplo e com janela, em seguida passou para cozinha, revisou todo o encanamento, partindo para o banheiro, e por fim, começou a sua vistoria nos quartos.
A casa possuía quatro quartos, três deles na lateral da casa, e o último no final do corredor. Este por sua vez possuía uma janela que dava para um pequeno bosque no alto da colina, e por isso o lugar mais fresco da casa.
Quando Vicente começou ele verificou que todas as portas dos quartos continham chaves do lado de fora da porta, e conforme ia verificando as retirava para "marcar" quais já tinha visto. E notou que o quarto dos fundos era o único em que a porta estava entreaberta e dava para ver um "raio" de luz saindo por ela.
Enquanto verificava o terceiro quarto, Vicente ouviu um pequeno rangido das tábuas da casa, e pouco se importou, pois como a casa era antiga, deveria possuir alguma tábua solta mesmo, achou até que fora a que ele acabara de pisar. Continuou a vistoria, quando ao observar pela janela, ventava muito forte, a pequena relva que circundava a casa parecia que estava sendo penteada. Lembrou-se de que deixara a janela dos outros dois quartos abertas para que saísse o cheiro de mofo, e foi fechá-las. Ao voltar, Vicente reparou que a porta do quarto dos fundos estava agora fechada, mas novamente como havia feito com o rangido, ignorou achando que fora o vento. Prosseguiu a vistoria no último quarto.
Terminada, Vicente segue em direção a última porta. Ao chegar próximo e procurar pela chave, percebe que ela não está mais na porta, mas como era uma pessoa metódica, tinha certeza absoluta que a porta estava com a chave, mas como a porta estava fechada, e imaginava que o vento é que tinha fechado, logo achou que a chave havia caído quando ela fechou. Olhou ao redor para ver se estava pelo chão e não a encontrou. Decidiu deixar isso de lado, e voltar ao que estava fazendo. Girou a maçaneta, e nada, a porta estava fechada, trancada. Vicente começou a pensar como o vento poderia ter feito aquilo, se nem ouviu uma batida de porta, começou então a estranhar, e achar que ela não estava aberta antes, que fora impressão dele. Resolveu então testar as outras chaves para ver se alguma delas abria o cômodo e para sua frustração, nenhuma funcionou. Forçou a porta por vários minutos a seguir, e nada, só o que conseguiu fazer com que a maçaneta caísse pelo lado de dentro, impedindo assim a sua abertura, mesmo que achasse a chave, pois como era uma porta antiga e diferente das de hoje em dia, não era possível girar o trinco com a chave.

(...)

1 comentários:

Nat Says:
17 de setembro de 2010 às 18:50

Adorei!

Medo do que tem atrás dessa porta... E como faz agora que a maçaneta caiu?! =x

Postar um comentário