Páginas

O recomeço

| terça-feira, 5 de março de 2019 | 1 comentários |
Após anos esse blog que já estava com seu "corpo" totalmente decomposto, restando só sua alma vagando no limbo da internet e nas memorias dos poucos leitores que teve em sue momento de vida e claro na memoria de seu escritor, eis que ele ressurge como Jason Voorhees aparece a cada filme.



A proposta do Blog é a mesma, historias de terror, mas serão historias contadas em locais "comuns". Historias criadas em cima de lugares do dia a dia, e que nem sempre possuem alguma coisa ligada ao terror/suspense. Como exemplo uma livraria comum de um shopping, um restaurante, uma casa numa rua qualquer até grandes locais como teatros etc. Tudo e todo lugar que minha mente que adora filmes de terror, possa criar e imaginar.

Então aguardem o ressurgimento de Blogville.

Capítulo 3 - Uma Volta ao Passado

| segunda-feira, 27 de setembro de 2010 | 0 comentários |
Espanha, 1936.

Num local mais afastado da capital espanhola, quase fronteira com a França, existia uma cidade aos pés de umas poucas colinas com algumas casas no alto, tinham poucos habitantes, quase todos oriundos das familias fundadoras e espanhois que ali foram em busca de tranquilidade e um pouco mais de paz, em meio a guerra civil espanhola que acontecia na capital.
Gerardo chegou a cidade ainda jovem, fugindo da guerra civil. A idéia inicial era ir até a França, mas encontrou esta pequena cidade no caminho e decidiu ficar. Foi nesse local, que no alto de uma das colinas, Gerardo construiu sua casa com suas próprias mãos. A parte da frente da casa dava para a cidade, e os fundos para um pequeno bosque que foi o fator decisivo para que este local fora escolhido, inclusive para o próprio posicionamento da casa.
No início Gerardo não andava muito pela cidade, somente quando necessário, pois como era forasteiro, tinha medo de que sofresse alguma espécie de preconceito. Com o tempo foi fazendo amizade com as pessoas que mais tinha contato, o vendedor do pequeno mercado e o jornaleiro da cidade.
Em uma dessas pequenas idas a cidade, encontrou com o prefeito Pablo Cristóbal, filho do fundador da cidade Juan Cristóbal, que havia morrido no ano anterior. Pablo, perguntou quem havia construído a sua casa pois era uma das mais belas casas da região, e Gerardo lhe disse que havia sido ele mesmo, então o prefeito interessado, disse que sua casa precisava de uma reforma e se Gerardo gostaria de trabalhar para ele. A primeira tentativa do prefeito foi em vão, ele recusou a oferta pois disse que ainda não necessitava de trabalho, pois teria herdado um certo dinheiro de seu pai quando vivera na capital.
Alguns meses se passaram e a rotina de Gerardo era a mesma. Todos os dias, acordava cedo e ia caminhar no bosque, que era praticamente particular, já que eram rara as vezes que algum morador subia a colina para caminhar pelo bosque.

Capítulo 2 - O Quarto dos Fundos (cont.)

| domingo, 19 de setembro de 2010 | 1 comentários |

As tentativas seguintes de abrir a fechadura foram todas em vão. Vicente resolveu então chamar o chaveiro que ao chegar foi conduzido até a porta e começou então a tentar destrancar, mesmo sendo ele um profissional, nada conseguiu e disse a Vicente que por aquela casa ser muito antiga e nunca passar por reformas ele estaria sujeito a esse tipo de contra-tempo e foi embora sem conseguir, como já era tarde, Vicente decidiu resolver esse problema depois da mudança.
O restante da família chegou a casa sem ter resolvido o problema, e com todo o agito que uma mudança de residência traz, ele deixou passar alguns dias até que lembrou após sua filha o perguntou onde colocaria os livros que acabara de chegar.
Vicente então decidiu tentar novamente abrir, enquanto sua esposa e sua filha terminavam de tirar os livros das caixas que acabaram de chegar e os colocavam sobre a mesa da sala, mas a porta ainda continuava trancada. Logo se cansou novamente de tentar, e já começava a pensar em por a porta a baixo à força, quando ele virou e começou a caminha a porta que dava para cozinha e assim chegar até os fundos da casa e pegar o machado que ali ficava para cortar lenha, Vicente ouviu um barulho de algo caindo, e pareceu vim de dentro daquele quarto que com o passar do tempo se tornava cada vez mais misterioso e aguçava a curiosidade dele em saber o que teria atrás da porta. Decidiu então, em uma tentativa de ao menos descobrir o que havia ali, olhar pela fechadura. Ao olhar não conseguiu ver nada, pois o quarto estava escuro, pois já era final de tarde, e já estava escuro, e como não tinha como interruptor externo para acender a luz, mas não desistiu e continuou a olhar, na esperança de que seu olhos se acostumassem com aquela escuridão e assim pudesse ver. De nada adiantou ficar ali agachado olhando naquele buraco de fechadura. Vicente, prestes a desistir de olhar, foi surpreendido por um clarão vindo de dentro do cômodo misterioso, e pode ver somente uma estante com alguns livros na parede à frente da porta. Foi algo rápido, pois com o clarão veio o susto e vicente caiu sentado logo após o clarão, no mesmo segundo ele levantou e colou novamente a o rosto junto a porta tentando ver algo mais, mas já estava escuro novamente.
Com o barulho de Vicente caindo no chão, Cecília e Yolanda, foram até ele para saber o que tinha acontecido, e ao chegar o viram com o rosto colado a porta, e perguntaram:
- Vicente, o que está acontecendo? - perguntou Yolanda espantada.
- Estou tentando abrir esta porta desde que compramos esta casa e agora estava tentando ver o que tem aqui dentro - respondeu Vicente com um ar de quem está muito curioso para saber de algo.
- Pai, esquece essa porta e vem ajudar a desenpacotar os livros - disse a filha.

Vicente nada disse sobre o clarão com medo delas o acharem ridículo e não acreditar e assim virar motivo de piada. Ele então voltou para a sala com elas, mas ainda deu uma olhadinha para trás no caminho de volta e pensou:
- "De amanhã essa porta não passa, não há nada que vai me fazer deixar pra la, se não for por bem, ponho essa porta a baixo na machadada."

Capítulo 2 - O Quarto dos Fundos

| sexta-feira, 17 de setembro de 2010 | 1 comentários |
Antes da família García se mudar em definitivo, Vicente checou cada canto da casa, cada cômodo, um a um, na intenção de não deixar passar nenhum problema que pudesse estragar aquela nova fase.
Começou lógico pela sala, um cômodo amplo e com janela, em seguida passou para cozinha, revisou todo o encanamento, partindo para o banheiro, e por fim, começou a sua vistoria nos quartos.
A casa possuía quatro quartos, três deles na lateral da casa, e o último no final do corredor. Este por sua vez possuía uma janela que dava para um pequeno bosque no alto da colina, e por isso o lugar mais fresco da casa.
Quando Vicente começou ele verificou que todas as portas dos quartos continham chaves do lado de fora da porta, e conforme ia verificando as retirava para "marcar" quais já tinha visto. E notou que o quarto dos fundos era o único em que a porta estava entreaberta e dava para ver um "raio" de luz saindo por ela.
Enquanto verificava o terceiro quarto, Vicente ouviu um pequeno rangido das tábuas da casa, e pouco se importou, pois como a casa era antiga, deveria possuir alguma tábua solta mesmo, achou até que fora a que ele acabara de pisar. Continuou a vistoria, quando ao observar pela janela, ventava muito forte, a pequena relva que circundava a casa parecia que estava sendo penteada. Lembrou-se de que deixara a janela dos outros dois quartos abertas para que saísse o cheiro de mofo, e foi fechá-las. Ao voltar, Vicente reparou que a porta do quarto dos fundos estava agora fechada, mas novamente como havia feito com o rangido, ignorou achando que fora o vento. Prosseguiu a vistoria no último quarto.
Terminada, Vicente segue em direção a última porta. Ao chegar próximo e procurar pela chave, percebe que ela não está mais na porta, mas como era uma pessoa metódica, tinha certeza absoluta que a porta estava com a chave, mas como a porta estava fechada, e imaginava que o vento é que tinha fechado, logo achou que a chave havia caído quando ela fechou. Olhou ao redor para ver se estava pelo chão e não a encontrou. Decidiu deixar isso de lado, e voltar ao que estava fazendo. Girou a maçaneta, e nada, a porta estava fechada, trancada. Vicente começou a pensar como o vento poderia ter feito aquilo, se nem ouviu uma batida de porta, começou então a estranhar, e achar que ela não estava aberta antes, que fora impressão dele. Resolveu então testar as outras chaves para ver se alguma delas abria o cômodo e para sua frustração, nenhuma funcionou. Forçou a porta por vários minutos a seguir, e nada, só o que conseguiu fazer com que a maçaneta caísse pelo lado de dentro, impedindo assim a sua abertura, mesmo que achasse a chave, pois como era uma porta antiga e diferente das de hoje em dia, não era possível girar o trinco com a chave.

(...)

Capítulo 1 - A Casa (cont.)

| terça-feira, 14 de setembro de 2010 | 2 comentários |

A princípio, uma casa como outra qualquer, alguns cômodos, salas, quartos, cozinha, banheiros e como todas as casas daquela região uma adega no porão. Tudo bem comum, a final era um simples casa na colina.Por mais que poderia parecer, a casa não precisou de grandes reparos e reformas internamente, somente uma limpeza. Alguns dias se foram entre limpeza e a arrumação da mobília e mais alguns dias para que toda a vizinhança, hospitaleira mas também curiosa, fossem bater a sua porta para dar as boas vindas a família García. Alguns de certa forma forçavam a entrada na casa, para satisfazer a curiosidade de ver como era aquela casa tão misteriosa. Yolanda sempre receptiva e de bom humor, tratou todos com a maior delicadeza e mostrou a casa aos mais atirados. Vicente, não gostava muito de que as pessoas entrassem em sua casa somente por curiosidade, mas por política de boa vizinhança também recebera todos com tamanha cordialidade. Cecília, a pequena jovem de 13 anos, filha o casal, não estava muito conformada com a mudança pois desde o dia da chegada não havia visto nenhum outro jovem de sua idade, e sempre que alguém batia à porta corria para ver se era um ou uma jovem com quem pudesse conviver, mas até então ainda não tinha tido essa sorte.Quando finalmente eles acharam que todo esse comitê de boas vindas chegara ao fim, bate à porta um senhor que era mais velho que Vicente com certeza porém não aparentava ser o mais velho da região. Ele se apresenta como sendo o prefeito da cidade e descendente dos fundadores daquela pequena cidade,
Andrés Cristóbal era o seu nome. Vicente, ao saber da linhagem de sua família lhe pergunta sobre os antigos donos de sua recém comprada casa.

- Caro amigo prefeito, você que é da linhagem dos fundadores dessa cidade, pode me dizer como eram os antigos moradores desta casa? - pergunta Vicente com um ar descontraído, porém interessado.
- Não tenho o que falar sobre os últimos moradores, pois eles se foram eu ainda era jovem, e
não tinha interesse neles, só posso dizer que não os via muito pela cidade nem pelos campos - responde o prefeito com a mesma descontração, encerrando a conversa e se virando para ir embora.

Após a saída do prefeito, Cecília olha pela janela e vê o homem saindo e olhando para trás com um ar de desconfiança, e como se estivesse acabado de mentir sobre algo, a final as crianças percebem mais facilmente esse tipo de olhar que os próprios adultos.
Depois dessa visita o comitê de boas vindas finalmente foi encerrado, pois naquela cidade o prefeito era sempre o último a ir nas casa dos recém chegados. Neste mesmo dia chega o último veiculo, uma pick-up, daquelas de caçamba fechada, com os últimos itens que faltavam para encerrara mudança, os livros da família.
A família García era muito culta, todos gostavam muito de passar horas lendo, cada um no seu canto, mas sempre com seu livro na mão e seu preferido na cabeceira da cama.
Logo assim que chegaram, Cecília foi a primeira a correr para procurar a caixa onde estavam os seus livros, e foi perguntando aos seus pais onde colocariam os livros.
- Pai! - exclamou Cecília - onde colocaremos os livro?
- Filha, ainda não pensei, mas acho que usaremos um dos quartos para fazer nossa própria biblioteca - falou o pai sorrindo, como se ter uma biblioteca particular fosse o sonho deles.

Haviam quatro quartos na casa, dois eram usados pela família, um estava totalmente vazio, e que Vicente pensou em utilizá-lo como escritório, e por fim o quarto quarto que era no final do corredor e que na primeira tentativa de abri-lo, a maçaneta caiu pelo lado de dentro impedindo a sua abertura, e que com toda aquela gente dando boas vindas ficou esquecido até este momento.

Capítulo 1 - A Casa

| | 4 comentários |
Europa, hoje.
Numa cidade do interior da Espanha.

A casa no alto da colina sempre chamou atenção dentre todas que haviam ali. De todos ao seu redor não havia nenhum morador que conhecia os últimos donos, pelo menos é o que todos pensavam.
Desde muitos anos ela está fechada e com isso o desgaste pelo tempo foi inevitável e sem ninguém ao menos aparecer para efetuar os pequenos cuidados que uma casa necessita, como uma simples pintura na fachada, conservava até os dias de hoje a mesma desde a época em que fora construída algumas gerações atrás.
A surpresa da vizinhança foi quando de um dia para o outro uma placa de "Vende-se" foi posta em sua frente e ninguém viu quem a pôs. Todos imaginaram que era uma brincadeira de alguém que morava ali próximo, pois o pensamento de que jamais aquela casa antiga e abandonada iria ser habitada novamente tomava conta de todos.
Não demorou muito para que a placa fosse retirada dali, o que causou ainda mais espanto para uns e um certo ar de "eu sabia que era brincadeira", pois em menos de um mês uma casa que passou anos abandonada, fora vendida só poderia ser piada mesmo a história da placa.
Mais dois meses passaram até que um desconhecido, um homem que aparentava ter seus 30 e poucos anos, chegou a casa em uma pick-up com baldes de tinta e escadas, e começou então a reforma da fachada. Todos ficaram completamente abismados com o fato de que a casa realmente estava à venda e foi vendida.
Alguns dias se passaram até que de fato a fachada estivesse totalmente reformada e pintada. Logo começou a chegar alguns poucos móveis, o básico para se começar a morar em qualquer casa, camas, armários, poltronas e uma mesa. Em seguida vieram os novos moradores. Vicente García, um homem de 33 anos, Yolanda García, uma mulher de 30 anos e a filha do casal Cecilia García.
Alguns vizinhos ficam felizes pelos novos habitantes, outros ficam estranhando a situação e se perguntam o que levou uma familia aparentemente rica e com condições de morar na capital foi viver ali no interior e logo em uma casa abandonada a tempos, já que ali nesta cidade haviam outras casa à venda.
Todos felizes por essa nova fase em suas vidas, a família García transforma aquela casa abandonada no seu novo lar, sem saber o que essa nova fase realmente irá trazer para eles.

(...)

Prefácio

| segunda-feira, 13 de setembro de 2010 | 2 comentários |
A primeira história desse blog-livro, será um suspense.
Uma família se muda para uma casa que a muito tempo estava fechada. Nela é encontrado um cômodo mobiliado, o único por sinal. Uma sala onde há somente uma enorme estante de livros, duas poltronas e uma mesinha de centro, conclui-se ser uma biblioteca particular do antigo dono da casa. A família, muito culta, começa a ler os livros que ali estavam. Muitos títulos famosos, outros totalmente desconhecidos.

Com o passar do tempo, começam a achar alguns livros históricos da época em que a casa foi construída e habitada por seus antigos donos. É nesse momento que surge reveladoras histórias de suspense e mistério, envolvendo todos.

Bem vindo...A Biblioteca.